A indústria brasileira de ônibus Marcopolo registrou um crescimento de 500% nas vendas para a África e Oriente Médio no primeiro semestre de 2018 em relação ao mesmo período de 2017. Foram comercializadas 860 unidades. O desempenho foi resultado de projetos em 17 países das duas regiões centrados em renovação de frota para mobilidade urbana e transporte escolar, segundo informações da empresa. Destes países, cinco são árabes: Egito, Emirados Árabes Unidos, Kuwait, Omã e Catar. A expectativa é que no segundo semestre as vendas continuem crescendo.

A companhia vem trabalhando desde 2015 para atingir novos mercados na África e Oriente Médio. Entre os países compradores da África estão também África do Sul, Angola, Benin, Burkina Faso, Camarões, Costa do Marfim, Gana, Togo, Moçambique, Congo, Nigéria e Gabão.

A Marcopolo começou a exportar ônibus para alguns países africanos nos anos 1980, e ao longo de mais de trinta anos conquistou também o mercado do Oriente Médio, somando mais de cinco mil unidades vendidas, de acordo com a companhia.

O aumentos dos negócios externos de forma geral, segundo a Marcopolo, se deve a programas de ampliação da participação internacional da empresa, à integração da área comercial – antes dividida em duas áreas -, e à abertura de escritórios em Kuala Lumpur, na Malásia, e em Dubai, nos Emirados Árabes.

As exportações da empresa aumentaram 67,5% no primeiro semestre sobre o mesmo período do ano passado. A Marcopolo tem unidades industriais em diversos países, inclusive no Egito. De acordo com a companhia, os destaque no período foram as operações da Austrália e China, que produziram, respectivamente, 84,1% e 20%, mais unidades em comparação com os seis primeiros meses de 2017. Os ônibus da marca são vendidos para mais de 100 países em todos os continentes.

Geral

No semestre, a Marcopolo registrou receita líquida de R$ 1,856 bilhão, um crescimento de 43,3% em relação ao mesmo período do ano passado. O mercado externo respondeu R$ 1.176,2 bilhão. O lucro líquido ficou em US$ 54,3 milhões, um aumento de 86% na mesma comparação.

Em nota, o diretor-geral da Marcopolo, Francisco Gomes Neto, disse que a empresa deve manter o ritmo de crescimento no segundo semestre. “Esperamos que a retomada de volumes se sustente nos próximos meses, sobretudo no mercado externo que, com a desvalorização do real, pode impactar positivamente a receita líquida e os resultados operacionais”, afirmou.

Fonte: comexdobrasil