A balança comercial brasileira com a China poderá fechar o ano de 2018 com um superávit de mais de US$ 25 bilhões a favor do Brasil, segundo projeções feitas por analistas em comércio exterior a partir de dados divulgados pelo Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC) relativos aos nove primeiros meses do ano. De acordo com esses dados, de janeiro a setembro, as trocas entre os dois países proporcionaram ao Brasil um saldo de US$ 20,418 bilhões, resultado de exportações no montante de US$ 47, 205 bilhões e importações no valor de US$ 26,786 bilhões.

De janeiro a setembro, o fluxo de comércio entre os dois países registrou um forte crescimento tanto nas exportações brasileiras quanto nos embarques chineses. As vendas brasileiras cresceram 22,6% comparativamente com igual período de 2017, por conta da soja em grão, petróleo em bruto, celulose, carne bovina e suína, ferro-ligas, minério de cobre, catodos de cobre, minério de ferro, bombas e compressores, óleos combustíveis, farelo de soja, polímeros plásticos, miudezas de animais, tripas e buchos de animais, hidrocarbonetos e açúcar em bruto.

Em termos de valor agregado, as exportações de produtos básicos tiveram um incremento de 25,8% para US$ 41,99 bilhões, correspondentes a 89,0% das vendas totais para o país asiático. Os produtos semimanufaturados, com variação de +24,3%, geraram receita no valor de US$ 4,18 bilhões, equivalentes a 8,85% do volume total exportado. Por outro lado, as exportações de produtos industrializados responderam por um percentual pouco expressivo (apenas 2,18%) nas vendas para os chineses, com um total de US$ 1,03 bilhão.

Até setembro, a soja liderou com ampla folga a relação dos principais produtos exportados para a China, com um total de US$ 21,96 bilhões, equivalentes a quase a metade (exatamente 47%) de todos os embarques com destino ao mercado chinês nos nove primeiros meses do ano.

Outros destaques na pauta exportadora foram o petróleo (US$ 9,59 bilhões e 20% nas exportações),minérios de ferro (US$ 7,82 bilhões e uma fatia de 17% nos embarques), celulose (US$ 2,69 bilhões, correspondentes a 5,6% das vendas) e carne bovina (US$ 1,06 bilhão, representando 2,2% de todo o volume vendido pelo Brasil ao seu principal parceiro comercial em todo o mundo).

Fonte: comexdobrasil