Brasília –  Os países do e da Aliança do Pacífico vão definir ainda neste ano o calendário de reuniões destinadas a dar continuidade aos entendimentos alcançados em reunião dos ministros das Relações Exteriores e do Comércio Exterior dos dois blocos, realizada no início do mês de abril, em Buenos Aires. Durante o encontro foram discutidos temas como a formação de cadeias de valor, facilitação do comércio, cooperação aduaneira, promoção comercial e apoio a pequenas e médias empresas.

Além de  aumentar o comércio entre si, os países do Mercosul (Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai e Venezuela, suspensa do bloco) e da Aliança do Pacífico (Colômbia, Chile, México e Peru) pretendem definir uma estratégia comum de ação voltada para a conquista conjunta de novos mercados no exterior.

Os países do Mercosul e da Aliança do Pacifico consideram baixo o volume de comércio entre os oito países, comparado com outras regiões, e que existe um potencial para crescer sem ter que depender da exportação de commodities (mercadorias em estado bruto ou produtos primários comercializados internacionalmente, como café, algodão, soja, boi gordo, minério de ferro e cobre), cujos preços no mercado internacional baixaram depois de uma década em alta.

O comércio intrarregional na União Europeia chega a 69%; na Ásia situa-se em torno de 55% e na América Latina a apenas 18% e, portanto, tem um vasto potencial de crescimento.

No exercício da presidência pro-tempore do Mercosul, o Brasil tem especial interesse no estreitamento de vínculos com a Aliança do Pacífico, um bloco cada vez mais importante para o comércio exterior brasileiro.

Após ter registrado em 2013 a cifra recorde de US$ 26,773 bilhões (exportações brasileiras no valor de US$ 13,419 bilhões e importações de US$ 13,353 bilhões) o intercâmbio entre o Brasil e os quatro membros da Aliança do Pacífico enfrentou três anos de quedas sucessivas.

Mas nos sete primeiros meses deste ano o fluxo de comércio vem dando sinais claros de recuperação. As vendas brasileiras registraram uma alta de 21,19% para US$ 8,152 bilhões (participação de 6,45% no volume total das exportações brasileiras) e as importações tiveram um aumento de 22,15% e somaram US$ 5,791 bilhões, correspondentes a 69% das compras externas brasileiras. O comércio com o bloco proporcionou ao Brasil um superávit de US$  2,361 bilhões.

Fonte: comexdobrasil